Nesta terça-feira (5), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou o reajuste tarifário anual de 2022 de 13,8% para os consumidores residenciais atendidos pela CPFL Paulista (Companhia Paulista de Força e Luz), empresa sediada em Campinas.
No total, a CPFL atende aproximadamente 4,7 milhões de unidades consumidoras. De acordo com a Aneel, o novo valor entre em vigor na sexta-feira (8) e foi aprovado em uma reunião da diretoria colegiada da agência.
Considerando todos os tipos de consumidores, o reajuste médio da CPFL Energia será de 14,97%, sendo:
– 13,80% para consumidores residenciais
– 16,42% para consumidores de alta tensão
– 14,24% para os consumidores de baixa tensão, como pequenos negócios, exceto os clientes residenciais
MOTIVOS
De acordo com a Agência, dos componentes que mais impactaram neste processo tarifário, destacam-se os encargos setoriais e atividades relacionadas à distribuição e compra de energia.
O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).
NO ANO PASSADO
No ano passado, em abril, a Aneel havia aprovado o reajuste tarifário anual de 2021 a ser aplicado aos clientes dos 234 municípios do interior de São Paulo que a CPFL atende.
Na época, a tarifa teve um aumento médio de 8,64% para os clientes do grupo B, conectados na baixa tensão (residências, indústrias e comércios de pequeno porte) e um aumento médio de 9,60% para os consumidores ligados à alta tensão (indústrias e comércios de grande porte). O reajuste passou a valer a partir do dia 22 de abril de 2021.
A Agência explicou ainda que “para o cálculo das tarifas, a Aneel considera a atualização de custos com a compra de energia dos geradores, com sistema de transmissão e com a distribuição da energia elétrica, assim como com os encargos setoriais, conforme regras estabelecidas para o todas as empresas do setor”.
Outra justificativa informada no ano passado era uma comparação dos últimos dez anos que, de acordo com a Aneel, mostrava que a tarifa de energia residencial da CPFL Paulista teve reajustes abaixo da inflação acumulada no período. “A tarifa residencial variou cerca de 32% abaixo da variação do IGP-M (Índice Geral de Preço Mercado) no mesmo período, mesmo considerando o reajuste aprovado”.